No 2o dia do Seminário sobre a implementação do Direito Humanitário nos Países de Língua Oficial Portuguesa, os participantes tiveram a oportunidade de assistir o painel muito dinâmico e rico de exemplos e exercícios práticos sobre “A condução das hostilidades” em diferentes contextos de guerra pelo coronel Carlos Frederico Cinelli do Exército Brasileiro. Segundo o Coronel Carlos, o Direito Humanitário é um direito realístico que não fica somente na teoria.

Após a pausa para café, foi a vez de os participantes ouvirem a apresentação do Rubén Ruiz Cardeñosa, Delegado Regional das Forças Armadas e de Segurança, CICV Moçambique sobre Forças Armadas em operações de garantia da lei e da ordem: dilemas e desafios das regras do uso da força.

Igualmente, com vários exemplos de conduta militar e que aspetos devem ser considerados dentro em um contexto de guerra, tendo em conta os princípios do DIH.

De seguida, Rita Palombo, Coordenadora de Proteção do Comité Internacional da Cruz Vermelha, fez uma apresentação online sobre “Protegendo populações vulneráveis: o papel do CICV”, explicando os programas de detenção em que o CICV atua e como é uma emergência humanitária a situação das cadeias em todo mundo. A palestrante falou também sobre a tragédia mundial das pessoas separadas dos familiares ou desaparecidas.

“O CICV, além de uma expertise, está envolvida na busca ativa através de uma grande rede global”, afirmou.

Rita Palombo explicou também como os técnicos da CICV são profissionais preparados quando se trata do atendimento ao familiar da pessoa desaparecida. A escuta ativa, o acolhimento humanizado e a confidencialidade são algumas das características essenciais nesta árdua busca. “É preciso procedimentos padronizados por forma a ter uma busca efetiva”.

O 2o dia do Seminário terminou com vários questionamentos e contribuições por parte dos participantes, assim como uma simbólica doação de exemplares do livro Direito Internacional Humanitário de Carlos Cinelli à Cruz Vermelha de Cabo Verde.