A escolha da data deve-se ao facto do dia 8 de maio ser a data de nascimento de Henry Dunant, o fundador da Cruz Vermelha.
Neste Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho realizam-se atividades que enaltecem a importância e o valor da ajuda humanitária, assim como se planeia uma melhor resposta em caso de emergência e catástrofe.
Mais do nunca surge, agora, como premente reforçar, enaltecer e agradecer o trabalho de todos os colaboradores e voluntários em todo o mundo, da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que se dedicam diariamente ao cumprimento da Missão conjunta que nos move – apoiar voluntariamente os mais vulneráveis.
Confira aqui o programa central da CRUZ VEREMELHA DE CABO VERDE para a celebração deste grande dia.
O último dia do seminário começou com o debate “Para além do comprometimento: Como tornar o DIH eficiente nos Estados membros da CPLP?” com os palestrantes Constância Olim, Ministério das Relações Exteriores, Angola, a Professora Vera Lúcia Liquidato, Brasil e Charles Sanches, Assessor Jurídico da CICV.
No período da tarde, deu-se inicio ao painel Comissões Nacionais do DIH: Boas práticas sobre implementação, composição, orçamento e modalidades de trabalho pelos palestrantes Elisa Samuel Boerkamp, Directora-Geral do Centro de Formação Jurídica e Judiciária da Justiça,
Moçambique e o Paulo Pinto Machado, do Departamento de Assuntos Jurídicos , Secretária- Geral Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
Após as apresentações, os participantes fizeram perguntas e deram algumas contribuições para o próximo seminário a ter lugar no ano de 2025.
Segundo Alcideo Sitoe, Assessor jurídico do Comité Internacional da Cruz Vermelha, o balanço que se faz deste II Seminário é positivo. “Este encontro foi um previlégio, pois tivemos a oportunidade de reunir todos os países da CPLP, tornando possível este intercâmbio com todos os atores guardiões do Direito Internacional Humanitário”.
Na sessão de encerramento o Representante da Direção de Cooperação da CPLP, Philip Baverstock agradeceu o engajamento de todos e parabenizou a CVCV que desde o primeiro momento mostrou-se disposto em acolher este evento.
O Presidente da CVCV, por outro lado, agradeceu a entrega de todos à causa humanitária.
“Acredito que durante esses dias todos nós tivemos oportunidade de partilhar experiencias, ter acesso a conhecimento e ouvir relatos de quem trabalha no dia-a-dia com o DIH”, afirmou.
Segundo Arlindo Carvalho, a Cruz Vermelha de Cabo Verde regista com muito agrado este formato de parceria com a comunidade dos estados membros da CPLP e o Comité Internacional, tornando assim possível o desígnio de Henry Dunant de amenizar o sofrimento humano.
O Presidente da CVCV aproveitou o momento também para anunciar a nova edição da revista da Cruz Vermelha de Cabo Verde com notícias, artigos de opinião, projetos e oferecer um exemplar a cada Estado Membro da CPLP.
No 3o dia do Seminário, no período de manhã, Alcídio Sito, Assessor Jurídico do Comité Internacional de Moçambique, fez a sumarização das temáticas discutidas no dia anterior. De seguida, foi feita a apresentação do painel “DIH, terrorismo e acesso humanitário”, que trouxe dois questionamentos importantes aos participantes: “Alcançar populações afetadas por conflitos e violência: existem limites ao acesso humanitário?” e “Como salvaguardar o acesso humanitário em tempos de terrorismo?”.
O Assessor Jurídico do CICV de Moçambique questionou também sobre as consequências da falta do DIH, onde os participantes apontaram a falta de prestação de auxílio aos grupos vulneráveis (mulheres, crianças, etc), a detioração da situação humanitária, de forma geral, como uma das grandes tragédias.
No período da tarde, foi apresentado o painel DIH e Alterações climáticas: impacto das crises climáticas na proteção das populações mais vulneráveis que contou com a participação dos ilustres Franscisco Duarte, Arquiteto e Professor universitário, Elisa Samuel Boerkamp, Directora-Geral do Centro de Formação Jurídica e Judiciária, Ministério da Justiça, Moçambique, Iara Silva Campos, Direção de Serviços de Cooperação no Domínio da Defesa,Ministério da Defesa Nacional, Portugal e Dra. Cesária Gomes - Doutorada em alterações climáticas.
Neste painel foi falado sobre as boas praticas e as políticas de proteção do meio ambiente natural em conflitos armados. Segundo Elise Boerkamp, o meio ambiente é um bem de caráter civil e por isso deve ser respeitado.
Após as sessões de trabalho na sala de conferências do Hotel Pérola, os participantes do Seminário foram convidados pela Cruz Vermelha de Cabo Verde a fazerem um tour turístico à Cidade Velha seguido de um jantar de confraternização.